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O Dia da Terra foi criado pelo senador
americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Tem por finalidade criar
uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da
biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.
Os 7 pioreis dias do planeta Terra
Por
Cesar Grossmann em 20.03.2013 as 14:16
O planeta Terra tem cerca
de 4,5 bilhões de anos, e nestes anos já viu muitos dias ruins (realmente
ruins, com colisões planetárias, chuvas de fogo, gelo de polo a polo, nuvens
tóxicas e tudo o mais). Confira sete dos piores dias que o globo já passou:
7. O impacto com Theia
A formação do planeta
Terra foi um período de grandes impactos.
O que era um anel de gás e
poeira foi formando “grumos”, que por sua vez se juntaram para dar forma ao
planeta. Depois de alguns milhões de anos, a crosta da Terra já havia resfriado
e solidificado, quando uma aproximação com um outro planeta acabou da pior
forma possível: numa colisão que lançou a atmosfera e parte da crosta terrestre
no espaço.
O planeta hipotético que
teria colidido com a Terra no início da sua “vida” recebeu o nome de Theia, e se
teria formado ao mesmo tempo que o nosso, na mesma órbita. Com 10% da massa da
Terra, mais ou menos o tamanho de Marte, o núcleo de Theia afundou-se e tornou-se
parte do núcleo terrestre, enquanto um pedaço de sua crosta se misturou a nossa
crosta e também à massa que entrou em órbita.
Essa massa que entrou em
órbita formou primeiro um disco de matéria, como os anéis de Saturno, e depois agregou-se
num novo corpo, á lua. Com a sua órbita inclinada, o satélite estabilizou a
rotação da Terra que, sem o seu constante puxão gravitacional, estaria sujeita
ao dos outros planetas, o que desestabilizaria o seu eixo.
6. O intenso bombardeio tardio
Levou cerca de 150 milhões
de anos para a crosta terrestre resfriar e solidificar-se novamente, quando
outro “dia ruim” chegou: o intenso bombardeio tardio.
Por alguma razão
desconhecida, depois que os planetas rochosos já estavam formados (e por isto o
nome de “tardio”), uma chuva intensa de trilhões de asteróides e cometas
atingiu o sistema solar interior. As causas podem ser alguma instabilidade nas
órbitas dos gigantes gasosos, embora existam outras hipóteses.
Neste bombardeio, asteróides
imensos atingiram o planeta. Alguns cientistas supõem que foi um período em que
a vida se formava para em seguida ser apagada por um asteróide, e isto teria se
repetido várias vezes.
Mas não há evidências na
crosta terrestre deste bombardeio, que durou cerca de 200 milhões de anos.
Qualquer cratera da época, cerca de 4,1 bilhões de anos atrás, foi apagada pela
erosão.
As evidências deste
bombardeio estão na lua, que tem algumas de suas maiores crateras datando
daquela época. Qualquer chuva de asteróides que tenha atingido o satélite
naquela época certamente atingiu a Terra também, além de Vénus, Mercúrio e
Marte.
Mas há um ponto positivo
no intenso bombardeio tardio. Alguns cientistas especulam que os metais que
utilizamos hoje, entre eles platina, prata e ouro, foram depositados por estes asteróides,
já que os metais que faziam parte do planeta teriam mergulhado para o seu
centro durante a fase em que a Terra estava liquefeita.
5. Terra bola de neve
Este foi um cataclismo que
durou centenas de milhares de anos, chamada Terra bola de neve, um período em
que a Terra congelou completamente. E não só uma vez, mas várias vezes.
Durante uma era típica do
gelo, as geleiras avançam dos polos em direcção ao equador, atingindo, do lado
norte, as regiões que hoje correspondem à Nova Iorque, nos Estados Unidos, e
Paris, na França. Mas quando aconteceram os eventos “Terra bola de neve”, toda
a superfície do planeta congelou, de polo a polo.
Os piores episódios de
congelamento do planeta teriam acontecido primeiro a 2,4 bilhões de anos, e
depois, 600 milhões de anos atrás. Não há evidências directas destes períodos
de congelamento, mas a hipótese da Terra congelada explica porque há depósitos
de glaciares em áreas que já foram o equador do planeta.
E o que teria causado este
cataclismo gelado? Talvez a própria vida. Quando surgiu a vida, o gás que ela
respirava era metano, um gás de efeito estufa, que teria mantido o planeta
aquecido até que surgiu a clorofila na Terra, e os microrganismos passaram a
produzir oxigénio.
O oxigénio oxidou o metano
e produziu dióxido de carbono, e as criaturas que viviam de metano morreram na
assim chamada catástrofe do oxigénio. O desaparecimento da camada de metano
acabou com o efeito estufa da época, e o planeta congelou.
A era do gelo
provavelmente acabou por causa da actividade vulcânica do planeta, que era mais
intensa na época, o suficiente para descongelar o planeta.
Curiosamente, depois de
ambos os períodos de congelamento, a vida floresceu no planeta com vigor
renovado, causando a diversificação de vida microbiana 2,4 bilhões de anos
atrás, e a vida animal 600 milhões de anos atrás.
4. A extinção ordoviciana
99% das espécies que já
existiram estão extintas, a maioria por causa de eventos de extinção em massa.
O primeiro destes aconteceu durante o período ordoviciano, 450 milhões de anos
atrás.
De todas as extinções em
massa, a do ordoviciano é a mais misteriosa. Como ela aconteceu há mais tempo
do que todas as outras, as pistas sobre o que ocorreu são as mais ténues.
A princípio, os cientistas
acreditaram que a extinção foi causada por uma era do gelo, mas uma nova
hipótese está a ser formanda: a de que a Terra foi banhada por um disparo de
raios gama. Este tipo de evento acontece quando uma estrela explode ao longo de
seu eixo, nas duas direcções, norte e sul.
Um disparo de raios gama
que atingisse a Terra vaporizaria 1/3 da camada de ozono, expondo os seres
vivos à doses letais de radiação e à radiação UV, prejudicial a nós. Além
disso, o raio gama romperia as moléculas de nitrogénio e oxigénio, produzindo um
nevoeiro de dióxido de nitrogénio, o que causaria um desastre secundário – uma
era do gelo.
Não há certeza se a
suposta era do gelo foi causada por um disparo gama, mas é certo que as
criaturas vivas que se arrastavam na superfície e camadas mais altas do oceano
sofreram um decréscimo enorme, sugerindo que foram mortas por raios UV.
Outra hipótese mais
fantástica é a de que a Terra sofreu as consequências de uma onda de choque. A
galáxia viaja por um fluxo de gás intergaláctico, e quando a Terra se afasta
acima ou abaixo do disco galáctico, é exposta a raios cósmicos causados pelo
aquecimento deste gás na onda de choque à frente do sistema solar.
Isto acontece a cada 64
milhões de anos, o que corresponde a uma diminuição e aumento da biodiversidade
da vida a cada 62 milhões de anos, que aparece no registo fóssil. Estarão
ligados, estes eventos? É uma hipótese que ainda está sendo desenhada e não foi
testada, mas parece poder explicar algumas extinções em massa na Terra.
3. A extinção KT
A extinção KT (do nome das
camadas que ela separa, o Cretáceo e o Terciário) é a mais famosa. Aconteceu há
65 milhões de anos e foi causada pela queda de um asteróide, Chicxulub, na
região do Iucatã que tem o mesmo nome. Ela liquidou os dinossauros e abriu
caminho para o domínio dos mamíferos.
A novidade é que existe uma hipótese de que o
asteróide Chicxulub não foi o único causador da extinção KT; ele teria sido
apenas um coadjuvante. Um derramamento de lava que jorrou material suficiente
para cobrir mais de um milhão de quilómetros quadrados, lançando gases tóxicos
na atmosfera que poderiam alterar o clima da Terra, parece ser o principal
culpado.
Este derramamento de lava
já estaria acontecendo quando o asteróide Chicxulub deu o golpe de misericórdia
nos dinossauros, na época já em declínio.
Também pode ser que tal
golpe de misericórdia tenha sido múltiplo, com vários asteróides atingindo a
Terra – Chicxulub não seria nem o maior deles.
Os defensores dos
múltiplos impactos apontam para uma estrutura misteriosa no fundo do mar
próximo da costa da Índia, que recebeu o nome de cratera Shiva. Mas os críticos
apontam que a estrutura pode nem ser mesmo uma cratera de impacto.
E para quem está perguntando
se poderemos ter o mesmo fim dos dinossauros, a resposta é sim. A passagem do asteróide
2012 DA14 e a explosão do meteoro sobre a Rússia servem de aviso – isto pode
acontecer novamente. Foguetes e tecnologia serão suficientes para nos salvar?
2. A Grande Mortandade
Esta é a maior extinção em
massa do planeta Terra, e uma que ainda tem mistérios não resolvidos. Aconteceu
a 250 milhões de anos atrás, e resultou na morte de 95% de todos os seres vivos
que existiam no planeta. Morreram mais vida então do que em qualquer tempo
antes e depois, até hoje.
Durante décadas, os
cientistas procuraram pistas para a causa de tanta morte, e um dos supostos culpados
seria um super-vulcão da Sibéria cuja erupção durou um milhão de anos e
produziu o maior fluxo de lava de que há memória. O derramamento teria queimado
plantas, liberando gases tóxicos e de efeito estufa, causando um aquecimento
global.
O problema é que até as
plantas que conseguem sobreviver com gás carbónico sucumbiram. O que poderia
ter causado sua morte?
Recentemente, uma nova
hipótese foi levantada: a de que houve também formação do gás sulfato de hidrogénio,
que, combinado com o calor, poderia ter causado a extinção em massa na época.
1. Apocalipse Solar
Em cinco bilhões de anos,
o sol vai mudar: vai passar de anã amarela para gigante vermelha quando o seu
hidrogénio acabar e ele passar a fundir hélio para formar carbono. Neste
processo, deve expandir-se e ficar 200 vezes maior.
Enquanto expande, o sol
vai engolir primeiro Mercúrio, depois Vénus, e talvez a Terra – o destino do
nosso planeta ainda não é conhecido; ele pode ser empurrado para uma órbita
mais alta ou engolido também.
De qualquer forma, o
planeta Terra de então será bem diferente do actual.
A cada bilhão de anos, o
sol fica 10% mais brilhante, o que significa que em menos de 1 bilhão de anos o
planeta estará brilhante o suficiente para arrancar o gás carbónico da
atmosfera, matando as plantas que dependem deste gás para crescer e realizar a
fotossíntese.
E não é só isso. Para
nossa desgraça (literalmente), os oceanos vão evaporar e toda a vida do planeta
será extinta. A Era dos Animais deve terminar em cerca de 500 milhões de anos. [The
Universe: Worst Days on Planet Earth]